1936 - 2020
Religiosa e trabalhadeira, dedicou-se ao cuidado do filho especial e celebrou a vida.
Viúva aos 47 anos, Aparecida seguiu firme sua missão sem seu companheiro. Foi “guerreira, dedicada e muito amorosa”, descreve-a a filha Antonia.
Sempre preocupada com todos, especialmente com o filho Paulinho ─ portador de uma deficiência intelectual, escreveu sua história numa incessante vida de honesto trabalho.
Aparecida era muito religiosa. Dedicava seu tempo livre à oração e, todos os dias, ela e Paulinho rezavam o terço na hora da Ave Maria e, aos domingos, ia à missa. Segundo a filha, em suas orações, “sempre pedia para que Deus não a levasse deixando seu bem maior, seu filho. E, com certeza, Deus a ouviu”.
Participava do núcleo da terceira idade. “Lá, dançava, cantava, jogava conversa fora, rezava, brincava, enfim: vivia!”, lembra Antonia.
Foram oitenta e quatro anos bem vividos, sente-se confortada a filha, apesar da saudade. “Nossa mãezinha se despediu da vida terrena na certeza de que Deus atenderia suas orações. O Céu recebeu uma guerreira e, logo em seguida, um Anjo sem Asas. Na espera deles, estava nosso Pai”.
O tributo de Paulo Sanchez, filho de Aparecida Dinardi Sanchez, também está publicado nesse Memorial.
Aparecida nasceu em Santa Clara D'Oeste (SP) e faleceu em São Paulo (SP), aos 84 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela filha de Aparecida, Antonia Sanchez. Este tributo foi apurado por Lígia Franzin, editado por Denise Stefanoni, revisado por Lígia Franzin e moderado por Lígia Franzin em 6 de maio de 2021.