1971 - 2021
Sabia lidar com os altos e baixos da vida, pois entendia que, afinal, nada permanece para sempre.
Generoso e esforçado, Arikerne começou sua carreira e sua família muito cedo.
Como pai, colaborou muito na criação das duas filhas e mesmo morando longe sempre procurou se manter próximo de seus pais, mostrando-se disponível para eles a qualquer momento.
Quando se divorciou da esposa, viu-se morando sozinho, mas jamais ficou realmente só. A filha mais velha foi morar com ele e de vez em quando recebia visitas da mais nova.
Era um homem apaixonado por barcos e seus motores, que amava o mar e a pesca. Trabalhava com maquinário e era encantado pelo que fazia. Após se aposentar, começou a criação de sua própria oficina náutica, auxiliado pelas filhas na pintura, na escolha de logo e na criação de suas redes sociais.
As vezes ele surgia com manias estranhas: fazia pipocas de diversos jeitos, pudim quase todos os dias, enchia a geladeira de gelatina. A melhor de todas era uma farofa com "tudo" dentro, que ele chamava de "rebunazona" e que ficava simplesmente deliciosa.
"Meu pai era uma pessoa incrível e esforçada, que foi amada por todos", diz a filha Letícia. Ela e resume a vida de Arikerne dizendo: “Ele se foi cedo, com muito a conquistar ainda, mas pôde deixar duas filhas, que darão continuidade à sua família e que sempre o terão na memória... Pois uma pessoa só morre quando é esquecida por todos"!
Arikerne nasceu em Vitória (ES) e faleceu no Rio de Janeiro (RJ), aos 49 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela filha mais nova de Arikerne, Letícia Corrêa Brandão. Este tributo foi apurado por Rayane Urani, editado por Vera Dias, revisado por Maria Eugênia Laurito Summa e moderado por Rayane Urani em 28 de novembro de 2022.