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Carlos Henrique Moura Carestiato

1961 - 2021

No Natal, decorava a casa e passava a madrugada acompanhado de vinho de abacaxi e canções de Tim Maia.

Caíque, como era conhecido desde criança, era um homem feliz. Pai, marido e avô amoroso, nunca deixou faltar nada para a família - inclusive, sendo carinhoso e presente, fazia de tudo pela neta, até deixar usar seu corpo como tela para desenhos. Amigo simpático e acolhedor com todos, aconselhava e ajudava quem quer que fosse.

Uma das suas grandes paixões era o futebol. Jogava com os amigos toda quinta-feira no grupo Boêmios da Bola, e todo sábado com a galera do Inimigos da Bebida - sempre acompanhado de uma boa cerveja gelada. Flamenguista incurável, não conseguia assistir aos jogos do time de tamanho nervosismo!

Carlos Henrique também de se dedicava tão bem como ao trabalho; era respeitado em todos os locais que já havia laborado: como professor durante anos na faculdade, tinha o carinho e admiração de colegas e alunos; e como gerente de TI na Procuradoria Geral do Estado do Rio de Janeiro (PGE-RJ), administrava um projeto difícil que disseram que só ele poderia fazer; por fim, por seu excelente trabalho veio a receber elogios do próprio Procurador do Estado.

Tinha suas próprias tradições, que foram legados que deixou para a família. Em todas as festividades natalinas decorava a casa com luzes e guirlandas e, ao virar a madrugada, degustava um bom vinho de abacaxi ouvindo músicas do eterno Tim Maia. Essa alegria é como Caíque: sempre será lembrado por todos que conheceram!

Carlos nasceu no Rio de Janeiro (RJ) e faleceu no Rio de Janeiro (RJ), aos 60 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela nora de Carlos, Glaucya de Lima Parola. Este tributo foi apurado por Rayane Urani, editado por Paula Garcia Corrêa, revisado por Luana da Silva e moderado por Rayane Urani em 19 de novembro de 2021.