1949 - 2020
Sentia quando alguma coisa não estava bem com os filhos ou quando algo os perturbava.
Ele teve uma infância complicada. Embora seus pais o amassem, seu lar era carente e desestruturado: o pai sofria com o alcoolismo. No entanto, apesar das tensões causadas pela doença paterna, nada disso foi capaz de mudá-lo na sua essência, feita de amor e de alegria. Criado pela madrinha, Dionísio cresceu e tornou-se um homem íntegro e trabalhador.
Anos depois, casou-se com uma moça de quem era vizinho e com quem conviveu toda a sua adolescência. Dessa união, nasceram seus quatro filhos, tão amados. Como pai, ele era presente e carinhoso: o melhor pai que se poderia ter. Tratava sempre os filhos como crianças, não importando a idade deles. A cada encontro, um beijo estalado e um abraço bem apertado.
Homem gentil e sensível, nada lhe passava despercebido quando se tratava das pessoas que amava, principalmente as suas “crianças”: ele sabia decifrá-las como ninguém!
Embora tenha vivido 71 anos, Dionísio se foi precocemente, pois ele ainda tinha muito a viver; muitos beijos e abraços apertados a dar nos filhos, e na bisnetinha, que não pôde conhecer.
Dionísio deixou doces lembranças; sua família pode perceber a sua presença e lembrar-se dele em tudo que a cerca. "Ele era o nosso presente, presente”, diz a Larissa que acredita que a força para seguir em frente está na certeza de saber que tudo o que ele mais queria na vida era vê-los bem e felizes. “Sua partida deixou saudade e um legado de amor, cuidado e alegria.”
Dionísio nasceu em Cariacica (ES) e faleceu em Serra (ES), aos 71 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela filha de Dionísio, Larissa da Silva Freire Muqui. Este tributo foi apurado por Lucas Cardoso, editado por Rosa Osana, revisado por Maria Eugênia Laurito Summa e moderado por Rayane Urani em 6 de setembro de 2021.