1950 - 2020
Devota de São Sebastião, foi guerreira incansável, mãe dedicada e avó coruja.
A complexidade da vida não se explica, só se vive! Em se tratando de viver, dona Djanira deu um show! Ela amava viver. E viveu! Viveu intensamente cada segundo que lhe foi agraciado por Deus, a quem tinha obediência e respeito.
Amava tanto a vida, que fazia questão de nos ensinar a valorizá-la todos os dias. Ensinou a cada um de nós sobre perseverança, pois sabíamos que a professorinha da Vila de Arapixí esforçou-se para construir junto a seu esposo um futuro confortável e seguro aos seus descendentes.
Ela nos ensinou sobre resiliência, força e bravura quando vencia cada dificuldade que lhe era imposta, sempre dando os créditos a Deus e São Sebastião, seu padroeiro.
Ela foi a esposa leal, a mãe dedicada e a avó coruja. "O amor que ela nos ensinou era retribuído todos os dias com gestos, olhares, abraços, palavras e mensagens", disse sua neta Rayra. "A distância era só mais um pretexto para que ficássemos dizendo uns aos outros o quanto nos amávamos! E apesar de ela nos dar broncas quando pisávamos na bola, nós sempre soubemos que tudo o que ela mais queria era nos ver felizes."
Avó, mãe, filha, irmã e esposa. Desempenhava todas essas "funções" com uma excelência invejável. "Ela nos fez tão felizes e nos amou tão intensamente que o apertar da saudade é inevitável", contou a neta Rayra.
E os momentos de Djanira ao lado da família não se perderão, pois estão enraizados na vida de seus familiares e no coração de cada um. "A lembrança fará com que nos sintamos melhores, mais fortes e mais unidos, como ela sempre prezou", disse Rayra.
Djanira nasceu Vila de Arapixí/Marajó (PA) e faleceu Belém (PA), aos 70 anos, vítima do novo coronavírus.
História revisada por Danylo Martins, a partir do testemunho enviado por neta Rayra, em 20 de maio de 2020.