Sobre o Inumeráveis

Domício Daladier Luna Coelho

1948 - 2020

Demonstrava seu amor numa xícara matinal de café, oferecida à esposa amada todos os dias.

Essa é uma homenagem da filha, Juliana ao seu inesquecível pai:

Conhecido por familiares e amigos como Doda, Domício Daladier é meu amado pai. Uma pessoa cuidadora e boêmia (sim, essas duas qualidades conviviam!), que cultivava sua vida na simplicidade. Engraçado e sereno, sempre cozinhou muito bem!

Culto, conversava sobre tudo: de política a fitoterápicos. Preferia jornais impressos a virtuais, os quais lia marcando de caneta as partes que mais gostava. Guardava matérias para si, para a esposa, filhas, filho e amigos. O gosto pelo jazz, pelo regional, por frutas, por Cuba Libre faziam desse homem maravilhoso um ser amoroso e inspirador.

Acordava cedinho e sempre levava uma xícara de café para sua esposa, Sandra. Por onde passava, falava de seu orgulho das filhas Patrícia, Juliana e Luana, assim como de seu filho, Rômulo. Presente, sempre presente, mesmo quando não estava. Doda nunca será ausência.

Seres iluminados e amados assim seguem com cada pessoa que teve a dádiva de os conhecer. O legado mais lindo deixado por meu pai é o amor à vida. Dizia que gostaria de chegar aos 100 anos. Fez a passagem aos 71, mas meu coração saudoso e grato fica feliz ao sentir que viveu muito e intensamente. Em vida, disse ser um homem realizado.

Te amo, meu pai encantado! Você vive em nós lindamente, por meio de sua semeadura ancestral!

Domício nasceu em Barbalha (CE) e faleceu em Fortaleza (CE), aos 71 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela filha de Domício, Juliana Frota da Justa Coelho. Este tributo foi apurado por Larissa Reis, editado por Mariana Nunes, revisado por Magaly A. da S. Martins e Ana Macarini e moderado por Rayane Urani em 26 de novembro de 2021.