1935 - 2020
Homem de poucas palavras, mas de pensamentos rápidos e precisos.
Gostava mais de ouvir do que falar, mas, se precisasse, tinha as palavras certeiras. Seu Dó, como era conhecido entre os amigos, tinha uma preocupação imensa com a família. Se todos estavam bem, para ele estava tudo ótimo!
Apesar da idade, era totalmente independente e todos os domingos estava na feira, comprando alimentos que vinham direto da roça. Mesmo com a vida corrida, ainda tinha o compromisso com a igreja, na qual participava do terço dos homens.
Sentia uma felicidade enorme em fazer parte dos festejos da igreja, onde era querido por todos. "Meu pai era um velho de orgulho imenso para toda a família, homem de garra e coragem que nem mesmo uma fratura de fêmur tirou dele a alegria de viver. Superou essa e outras dificuldades sem nunca perder ou deixar de levar alegria àqueles que estavam ao redor", conta a filha Eva.
Guerreiro que foi bom pai, amigo e avô, seu Dó era uma pessoa sorridente que, como tantas outras, foi mais uma luz apagada pela pandemia. Deixou um gigantesco vazio e uma saudade imensurável no coração de todos aqueles que o conheciam e que, apesar da tristeza pela partida, sentem que sua presença continuará para sempre entre eles.
"A morte deixa uma dor que ninguém pode curar, mas o amor deixa memórias que ninguém pode apagar", conclui a filha.
Fica, então, o amor incondicional de sua família, filhas, netos, amigos e todos que o amavam e admiravam, hoje e sempre.
Domiro nasceu em Campos Belos (GO) e faleceu em Águas Lindas de Goiás (GO), aos 84 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela filha de Domiro, Eva Rodrigues das Neves de Souza. Este texto foi apurado e escrito por Lígia Franzin, revisado por Paola Mariz e moderado por Rayane Urani em 10 de janeiro de 2021.