1977 - 2021
Viajar em família para Ibiúna ou fazer um bom jantar eram seus prazeres; o dom mesmo era dar bons conselhos.
Muito carismático, Ed estava sempre feliz. Não tinha quem não se referisse a ele com carinho em palavras e olhares.
"Meu esposo foi um homem especial", conta Diana, sua única e eterna namorada. Ed e Diana tinham uma união que já durava vinte e três anos e ganhava a admiração de todos.
Apaixonado por sua amada e pelo único filho, Nicolas, estavam sempre juntos. Admirava o filho e seu sobrinho Gabriel, de 3 anos. Um homem muito família, que tinha enorme gosto em juntar todos e fazer um jantar daqueles. Com seus entes queridos por perto, seu prazer era contar histórias da época do quartel.
"Outra alegria de meu marido era passar os fins de semana conosco em Ibiúna. Quando não íamos, se realizava assistindo a vários filmes em casa", lembra Diana.
Sua última ocupação foi fazendo carretos, juntamente com o irmão Fernando.
Segundo Diana, ele era considerado um ótimo conselheiro e assim permaneceu até o último instante. É ela mesma quem narra: "Fui internada para tratamento de um câncer, permanecendo por trinta e dois dias no hospital. Conversávamos direto via vídeo e a todo instante ele me aconselhava a não desistir, pois permanecia me esperando. Para surpresa de todos, quando tive alta, foi ele quem se internou, devido à Covid-19".
Em apenas cinco dias Ed partiu, deixando uma saudade enorme, especialmente com suas "duas" mães: a mãe biológica e a sogra, suas duas Marias.
Diana sabe que teve um amor de verdade e infinito: "Nossa união, só a morte separou, meu eterno amor".
Ed nasceu em Osasco (SP) e faleceu em Osasco (SP), aos 43 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela esposa de Ed, Diana Neves Kaizer. Este tributo foi apurado por Rayane Urani, editado por Denise Pereira, revisado por Maria Eugênia Laurito Summa e moderado por Rayane Urani em 23 de maio de 2022.