Sobre o Inumeráveis

Edilson de Jesus

1978 - 2020

Foi amado por toda a família, que gostava do seu jeito engraçado e dos cuidados que ele dispensava a cada um.

"A melhor viagem juntos, para Minas Gerais”. Esta é a primeira lembrança que vem à memória de Cleverton, sobrinho de Edilson, ao falar do tio e padrinho – um homem “de jeito sério e postura de sargento”. A fachada sisuda, porém, ocultava o “coração enorme” desse corintiano de “sorriso cativante” e que gostava de sair com os amigos para beber.

Edilson “conseguia ser engraçado”, prossegue Cleverton, “por isso e por muitos outros motivos, era amado pela família inteira”. “Era pelas ações que demonstrava o amor que sentia pela família”, completa o rapaz. “Quando se tratava de aconselhar, tinha sempre os melhores conselhos.”

Viúvo aos 36 anos, Edilson, que trabalhava como segurança, “precisou ser pai e mãe de seus filhos Roseane, Elvis e Maria Eduarda, e cuidou deles até o dia da sua morte”. Na empresa da qual era funcionário, sempre que podia, arranjava alguma vaga para os familiares que precisavam de emprego: “seus próprios tios, irmão, sobrinhos, até mesmo pra mim e minha mãe”, enumera o sobrinho.

Era totalmente devotado a eles: “Defendia os da família com unhas e dentes”. Seu irmão Edimilson era seu grande amigo. Não chegou a conhecer a filha caçula, Agatha, do segundo casamento com Iane Gomes. Edilson faleceu um mês antes dela nascer. Edilson deixou também um neto, o lindo Miguelzinho.

“Quando começou a sentir os sintomas da Covid-19, não permitiu que os pais se aproximassem para não serem contaminados”, revela Cleverton, que ainda relata ao finalizar sua homenagem: “Eu e meus tios, Edimilson e Rafael, fizemos tudo o que estava ao nosso alcance para salvar sua vida, mas, infelizmente, meu tio Edilson não sobreviveu.”

-

Homenagem do sobrinho de Edilson, Bruno Victo:

Uma pessoa pra lá de especial, querido e amado por toda a família e amigos. Brincalhão e protetor, jamais deixava de alegrar o lugar onde estava.

Tinha seu jeito bruto também, mas para proteger quem amava!

Ficou viúvo de Roseni aos 36 anos, e teve de batalhar para cuidar dos três filhos: Roseane, Elvis, e Maria Eduarda. Contando sempre com a ajuda de seus pais Eurico e Onilva, trabalhava duro para que nada faltasse.

Seus irmãos Solane, Edimilson, Rafael, e seu cunhado Cleantes também ficavam ao seu lado para tudo que precisasse.

Tinha carinho de pai pelos 4 sobrinhos: Sabrina, Cleverton, Cleyton, e Bruno.

"Vivemos momentos mais do que marcantes nos vários shows que íamos juntos. Sempre me chamava para trabalhar com ele, na empresa de segurança a qual era Supervisor, e sempre dava oportunidade para família trabalhar onde ele passava."

Nunca falhamos em um só dia que foi combinado!

E a cada minuto com ele, era motivo somente de alegria e risadas.
Um dos melhores shows que fomos foi quando estava: Eu, seu irmão Rafael, e seu sobrinho Cleyton junto com ele.

Qualquer coisa era motivo para risada. Principalmente com seu jeito errado de falar, das palavras mais fáceis até às mais difíceis. Seus irmãos Edimilson e Rafael eram seus melhores amigos.

No ano de seu falecimento esperava ansioso por sua filha Ágatha que estava para nascer.

Quando soube que estava com supeita de Covid-19, mandei mensagem para ele ir até a UBS que eu trabalho para realizar o teste e fazer os cuidados necessários, ele foi resistente, e disse que estava melhor. Me chamando de filho e insistindo que estava bem, ele agradeceu e disse que me amava muito!

Se foi deixando seus 3 filhos Roseane, Elvis, e Maria Eduarda, e sua filha Ágatha, que não teve oportunidade de conhecer, a qual ele teria com sua namorada Iane.

Também deixou seu Neto Miguel, que era muito apegado a ele. Uma pessoa que jamais será esquecida, e sempre será amada por seus familiares.

Será eternamente lembrado por seus melhores momentos, brincadeiras, risadas, piadas, e por seu jeito errado de falar que fazia todos se acabar de rir.

Meu tio Edilson de Jesus, jamais será esquecido.

Edilson nasceu em São Paulo (SP) e faleceu em São Paulo (SP), aos 42 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pelo sobrinho de Edilson, Cleverton Victor. Este tributo foi apurado por Larissa Paludo, editado por Joaci Pereira Furtado, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 11 de março de 2021.