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Edmilson Damasceno Lima

1968 - 2020

Qualquer motivo era o suficiente pra ele ligar o som, abrir uma cerveja e curtir o momento.

Mais conhecido como Miquinho, o baiano Edmilson era animado e transformava qualquer ocasião em uma celebração ao som do reggae com os filhos. "Meu pai estava sempre na vida da gente. Era zeloso, carinhoso e amável", afirma Daniel, o terceiro do quarteto de irmãos da família.

Da infância na casa simples, criado somente pela mãe e ao redor dos irmãos, Miquinho gostava de lembrar do quintal cheio de animais. Na capital baiana, encontrou a mulher de sua vida, Eneida, e com ela construiu um lar alegre para Davi, Diva, Daniel e Giulia. "Tenho a absoluta certeza de que amava a todos nós", pontua Daniel.

Edmilson ingressou nos quadros da Policial Militar ainda jovem, como soldado. "Era completamente dedicado ao trabalho, protegendo e zelando pelo bem da população", recorda o filho. Chegou ao posto de sargento e decidiu se aposentar.

Pai, irmão e amigo excepcional, Miquinho deixava um rastro de felicidade por onde passava. Brincava com todo mundo e assim fez muitas amizades, pois tinha um jeito otimista de ser. "Meu pai amava uma festa. Tudo era motivo para ligar o som, abrir uma gelada e curtir. Não tinha tempo difícil para aquele cara".

Daniel conta que, um pouco antes de Edmilson falecer, lhe fez uma visita que ficará gravada como uma das melhores memórias da convivência entre eles. "Tomamos um vinho e conversamos muito, falando do passado dos entes queridos que já partiram. Foi super especial pra mim. Agora Miquinho é uma bela estrela brilhando no céu. Te amamos, pai!"

Edmilson nasceu em Salvador (BA) e faleceu em Salvador (BA), aos 52 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pelo Filho de Edmilson, Daniel Ferreira Lima. Este tributo foi apurado por Ana Helena Alves Franco, editado por Luciana Assunção, revisado por Bettina Florenzano e moderado por Rayane Urani em 2 de abril de 2022.