Efigênia de Paula Mariano

1957 - 2020

Amava demais e era uma mãe para todos que estivessem ao seu redor.

Esta é uma homenagem de Sara para sua avó, Efigênia:

Dona Efigênia era como a maioria das pessoas a conheciam, mas para mim ela era Sol. Cheia de vida, adorava passear com a família, ir a praias, parques e rios. Nunca presenciamos sequer um dia em que ela despertou estressada ou sem querer viver. Acordava, cuidava das plantas, do marido e vivia o dia feliz apesar de todas as dificuldades. E como vivia...

Ajudava todos de corpo e coração. Reclamações? Ela não tinha. Inimizades? Ela não tinha. Gostava da família reunida tomando um solzinho à tarde com um cafezinho.

Foi esposa por pouco mais de cinco décadas e dizia com orgulho ter tido apenas um amor durante toda a vida. Em 2020, nas comemorações de suas bodas de ouro, agradeceu pela família de nove filhos, dez netos e quatro bisnetos que havia construído junto ao marido.

Dona Efigênia tinha amigos e amigas por todo canto da cidade. Lembro-me da primeira vez que a levei ao cinema, assistimos ao filme "Minha mãe é uma peça" e ela, surpresa com o tamanho da tela e com todo aquele ambiente, adorou o filme e a experiência. Tanto que prometi levá-la novamente.

O que ela mais gostava era de ver a família reunida num churrasco em dia de sol, adorava usar vestidos e cuidar dos cabelos, mas não gostava nada de brigas e discussões. Era a pessoa mais calma da família.

Partiu cedo, com o espírito ainda jovem e fazendo planos para acompanhar a viagem para que a bisneta visse o mar pela primeira vez.

Vó, às vezes acordo e ainda espero ver você sentada na sua rede favorita. Vai deixar saudades em diversos corações, mas nos deixou sabendo que a amávamos demais. O mundo realmente perdeu uma preciosidade.