1947 - 2020
Tratava todas as pessoas como colegas, mesmo sem conhecê-las.
Tinha o coração gigante, cheio de generosidade para compartilhar com todos que o cercavam. Todo mundo podia ser seu colega apenas por passar por seus caminhos, nem que fosse por um instante, em razão do respeito e da dignidade com que tratava as pessoas.
Já aposentado, encontrou no novo trabalho a paixão de fazer o que o cativava. Trabalhava com vontade, aproveitando a liberdade conquistada, e o fez até a sua partida.
Amoroso e bem-humorado, Eraldo não era somente pai dos filhos biológicos. Era, além disso, considerado como um pai pelos sobrinhos, vizinhos e amigos. Vale dizer, é claro, que todos eles também eram seus colegas, pois a palavra “colega” nunca lhe escapava à fala.
Como conta a filha, Adriana, Seu Eraldo era antenado, moderno e cheio de peripécias. “Era um MacGyver da melhor idade”, diz ela. Um homem notável, dotado de vida e de amor.
Sem compreender bem a razão da partida, Adriana expressa seu carinho pelo pai: “Você nunca morrerá, você é vida e amor; aqui, estamos sonhando com a festa que você está fazendo pelas bandas onde está agora”.
Eraldo nasceu em Altinho (PE) e faleceu em Santo André (SP), aos 73 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela filha de Eraldo, Adriana Amorim. Este tributo foi apurado por Thyago Soares, editado por Diego Eymard, revisado por Paola Mariz e moderado por Rayane Urani em 8 de outubro de 2020.