1950 - 2020
Não saía muito de casa e quando saía, com seus olhos encantados, se admirava da cidade.
Todos a conheciam pelo carinhoso apelido de Neidinha. Quando tinha tempo livre, ou uma folga no trabalho de auxiliar nos serviços de casa, apreciava uma boa prosa e também ficar olhando os amigos nas redes sociais.
Com seu coração gigante e grande habilidade de cuidar com afeto, foi a guardiã de seus irmãos e acolheu seus sobrinhos como se fosse sua própria mãe. Neidinha era apaixonada pela família, era junto dos seus que se sentia feliz e em paz.
Não teve a oportunidade de estudar muito; no entanto, era dotada de uma sabedoria divina, dessas pessoas com a mente iluminada mesmo que, diante de uma dificuldade ou uma situação mais complicada, aparecia com as palavras exatas para confortar ou "dar uma luz".
Neidinha nunca teve filhos biológicos, o que não a impediu de ser mãe, pois era com amor materno que cuidava de sues irmãos e sobrinhos. Era responsável pela casa. Todos iam trabalhar e quando voltavam, lá estava Neidinha os esperando. Era uma pessoa caseira, fazia gosto de cuidar de cada cantinho do lar, essa era também uma forma de demonstrar amor.
Neidinha era meiga, humilde, mansa e amou sua família até os últimos dias.
Erineide nasceu em Sobral (CE) e faleceu em Sobral (CE), aos 69 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela amiga de Erineide, Doralice. Este texto foi apurado e escrito por jornalista Ana Macarini, revisado por Ana Macarini e moderado por Jullia Cassia em 8 de abril de 2022.