Eroni Ferreira Boeira

1939 - 2021

Equilibrava firmeza com doçura, guardava no coração a certeza de que todas as pessoas podem evoluir por meio do amor.

Eroni foi mãe de sete filhos, João, Marilda, Antônio, Francisco, Jorge, Marcos e Eliseu, e avó de vários netos. Uma mãe “com o maior coração do mundo”. No ano de 2005, perdeu Valdemar, o amor de toda uma vida e pai dos seus filhos, cuidou dele com muito zelo e sem reclamações durante três anos, noite e dia, após ter sido acometido por uma isquemia que o deixou preso à cama.

Era muito firme com os filhos e, às vezes, até um pouco dura, mas isso nunca impediu que os amasse muito. Foi também muito generosa com todos eles e os ajudava no limite das suas parcas condições financeiras. Assim, colaborava com um, ora na aquisição da casa, ora na faculdade e, nos apertos financeiros, deixava como exemplo o amor aos seus e ao próximo em proporções não vistas em outra pessoa.

Foi uma típica dona de casa, daquelas que sabem cuidar da economia do lar, do seu amor e de sua prole. Quando os filhos diziam que “ela era a mulher mais linda do mundo”, ela dava risada.

Eroni possuía um humor característico e uma inteligência emocional muito desenvolvida; acreditava na transformação de todos em pessoas melhores. Não gostava de ficar parada; recentemente havia comprado uma máquina de costura e planejava adquirir uma esteira para poder praticar suas caminhadas dentro de casa.

Ela amava viajar e teve a oportunidade de aproveitar muito essa paixão, visitando seus parentes no Rio Grande do Sul e os filhos em Natal, Brasília, Campinas e Santa Maria.

Simples e sem vaidade, conduziu sua vida e trajetória com muita fé e, a seu modo, sempre buscou conectar-se com o divino que havia dentro dela. Gostava de ir aos cultos na igreja, cantar e ler a Bíblia. Sua fé chegou a levá-la para fora do país em duas visitas a Jerusalém.