1940 - 2021
Ele comemorava dois aniversários: no dia do seu nascimento e no dia de sua admissão no seu único emprego.
Pai de cinco filhos, avô de seis e bisavô de um, o maior orgulho de Evanir era ter tido um único emprego na vida. O filho Claudio Eduardo conta que ele começou como um “faz tudo” em um banco regional, que pertencia a sua tia, que depois se tornou o banco do Estado do Rio de Janeiro.
Depois de aposentado, uniu as paixões pela gastronomia e pelos vinhos, para ser restaurateur. Frequentado por artistas, políticos e pessoas da alta sociedade, seus restaurantes homenageavam os clientes com pratos personalizados como o “Picadinho à Ibrahim Sued”.
Evanir era admirado por clientes e funcionários. Segundo o filho, por diversas oportunidades, foi ele quem pagou as contas pessoais de seus funcionários, quando estes se encontravam em situação financeira ruim.
Outra paixão de Evanir era o Flamengo. O filho diz que era até chato assistir aos jogos com ele. “Era um torcedor fanático! Reclamava sempre dos jogadores, dos técnicos e, às vezes, achávamos que ele ficava torcendo contra”.
Mas os momentos flamenguistas passavam e logo Evanir estava alegre, ouvindo, aconselhando e ajudando os amigos e a família. “Ele adorava as reuniões em família. Sempre fazia questão de reunir a todos na sua casa, seja nos almoços de final de semana ou nos jantares festivos”, relata Claudio Eduardo.
Considerado uma unanimidade por todos que o conheciam, o filho conclui sua homenagem falando de amor e saudade: “Muita saudade de você, pai! Saudade da sua sabedoria, do seu desprendimento e da total disponibilidade em ajudar a todos. Eu te amo!"
Evanir nasceu em Itaocara (RJ) e faleceu em Niterói (RJ), aos 80 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pelo filho de Evanir, Claudio Eduardo de M Sarruf. Este tributo foi apurado por Thyago Soares, editado por Denise Stefanoni, revisado por Renata Nascimento Montanari e moderado por Rayane Urani em 30 de novembro de 2021.