1951 - 2020
Nino era um português que se transformou num carioca.
Nino era um menino quando chegou de navio nas águas do Rio de Janeiro, com sua família portuguesa, oriunda da pequena Vila Chã, em Esposende.
Criado em Nilópolis, construiu sua vida nessa cidade de 19 quilômetros de extensão, sendo que apenas nove deles eram construídos naquela época. O restante, era parque e verde. Pela manhã, ele montava em sua bicicleta para pedalar entre as árvores do Gericinó.
O tempo passou! Para o bancário aposentado Nino, a vida no Rio não era diferente da vida da maioria dos cariocas. Ele andava com camisa do Botafogo, seu time do coração; ouviu pelo rádio, em 76, sua escola ser campeã pela primeira vez, com o enredo 'Sonhar com Rei dá Leão'”, lembra sua sobrinha Marcia. Ele gritava: “Esse ano é da Beija-Flor!”. E foi. De gostos simples, bastava para ele uma cervejinha e um pagode com os amigos.
Era generoso, conhecido no condomínio Barbosa Rodrigues por resolver conflitos.
Dividiu muitas alegrias ao lado de sua esposa Marilda e de seu filho Renato. Sua sobrinha e comadre, Marcia, fica com a lembrança de um segundo pai. Suas netas Renata e Mariana sentirão falta do avô coruja.
Feliciano nasceu em Esposende (Portugal) e faleceu em Mesquita (RJ), aos 68 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela sobrinha de Feliciano, Marcia Barbosa Rodrigues. Este tributo foi apurado por , editado por , revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 21 de junho de 2020.