1939 - 2020
Amante da medicina e dos desafios da humanidade, questionava o mundo real, mas tinha seu mundo particular.
Foi um homem da medicina e muito leal às artes: a música, o cinema e os livros confortavam-no entre duros plantões nos hospitais da periferia da cidade de São Paulo.
Tinha hábitos simples e gostos bem paulistanos, entre eles, a devoção às padarias, onde sempre comprava um delicioso bolo fresquinho para o café da tarde.
O paradoxo entre a realidade e a ficção sempre o intrigou. Por um lado, os homens enfrentavam as guerras; enquanto por outro, produziam histórias fantásticas no cinema.
Tinha um hobby bem peculiar, que fazia a diversão de sua família: colocava seus discos de Big Bands americanas e regia, com absoluta paixão, sua orquestra invisível. O volume era bem alto e enchia a casa de alegria e "swing".
Geraldo nasceu em Ponta Grossa (PR) e faleceu em São Paulo (SP), aos 81 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela filha de Geraldo. Este tributo foi apurado por Thyago Soares, editado por Andressa Cunha, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 10 de junho de 2020.