1961 - 2020
Detalhista com a arte, divertido ao lado da família, bondoso na rua e na vida.
O que mais encantava em Gilmar era a sua simpatia, estava sempre sorrindo e nunca demonstrava mau humor. Sempre com uma palavra amiga e agradável com todos, não negava nada a ninguém.
Era um artista e "os artistas são feitos de um material diferente e moram em um lugar que a gente não sabe onde é", diz Zélia, amiga da família, que resume a alma do artista.
Trabalhou como escultor, pintor, restaurador de obras de arte, professor de desenho e pintura. Excelente artista: perfeccionista e talentoso. Era chamado por muitos amigos de "mestre dos mestres" e um dos mais requisitados restauradores da Baixada Santista, tendo restaurado grandes obras nacionais e internacionais como Di Cavalcante, Antônio Godoy e Tarsila do Amaral.
Em casa, era o esposo da Dona Luciana, pai de três filhos e avô de dois netos, muito querido por todos que o conheciam e que não conhecia também: sempre bondoso gostava de ajudar moradores de rua e costumava abraçá-los para dar conforto.
O artista se foi, mas ficou a sua arte, ficaram as suas obras, seus exemplos e suas premiações. Ficou além de tudo as memórias das idas à praia em que ele fazia esculturas de areia quase sempre em formato de mulher para homenagear sua esposa...
Como trabalhos mais relevantes de Gilmar Ribeiro Munhos destacamos:
-Confecção de escultura em areia no octódromo de Jacarepaguá convidado pelo artista plástico Jair Damasceno;
-Confecção da Réplica da Imagem de Nossa Senhora das Graças- Paróquia Nossa Senhora das Graças- Ubatuba (Sertão da Quina);
- Elaboração das peças de: Hans Staten e o índio Carijó, que se encontram no Parque Tupiniquins em Bertioga;
- Elaboração de monumento com o tema Padre Anchieta, Pe. Manoel da Nóbrega-
Prefeitura de Bertioga;
- Escultura do Padre Anchieta, no tamanho natural que foi levada para a Catedral da Sé, em São Paulo, em comemoração aos 450 anos de sua fundação;
– 1º Lugar: Concurso “Antônio Francisco Lisboa” (Aleijadinho) escultura em areia, em 1974.
Gilmar nasceu Santos (SP) e faleceu Santos (SP), aos 58 anos, vítima do novo coronavírus.
História revisada por Julio Casimiro, a partir do testemunho enviado por esposa Luciana Gonçalves da Nóbrega Munhos, em 19 de maio de 2020.