1956 - 2020
Depois de tomar seu café da manhã ela ia cuidar do papagaio e das plantinhas: era o seu ritual diário.
Tita ou Omar, assim ela era chamada por sua neta. “Mãe de todos, tinha um abraço acolhedor. Sua casa estava sempre cheia e tinha um cafezinho pronto para qualquer um que chegasse”, conta Fernanda, sua filha do coração.
A família era seu bem maior. Na visão de Fernanda, ela era religiosa, mandona e teimosa, "cuidava de todos, mas não gostava que cuidassem dela, por nada”. Sua felicidade era estar cercada da família e dos amigos e ter Deus no coração.
Guiomar tinha um ritual matutino: fazer seu cafezinho da manhã acompanhada das sobrinhas, para depois ir cuidar do seu papagaio e de suas plantas.
Entre um cafezinho e outro, contava suas histórias. Dizia à sobrinha, que criou desde os 2 anos, que "não queria ter filhos, mas Deus mandou-lhe Fernanda, para ela ver como era ser mãe" e, em seguida, caía na risada com essas histórias antigas.
Guiomar era uma pessoa feliz. “Acho que sonho é o que ela realizava todos os dias”, diz Fernanda.
Aos que ficam, Guiomar deixa o legado de "cuidar sempre de tudo e de todos”. A gratidão da família é enorme. “O que vivemos do lado dela foi lindo!”
Guiomar nasceu em São Paulo (SP) e faleceu em São Paulo (SP), aos 63 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela filha de Guiomar, Fernanda Bizarro de Oliveira. Este tributo foi apurado por Lígia Franzin, editado por Míriam Ramalho, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 31 de agosto de 2020.