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Henrique Cordeiro da Cruz

1956 - 2020

Um cara ranzinza e teimoso que possuía no peito um enorme coração. Ajudava todos que pediam sua ajuda.

Esta é uma homenagem da amiga Tatiana para Henrique:

Seu Brizola, esse era o apelido dele, ninguém o chamava pelo nome de batismo. Era um homem bem ranzinza, teimoso. Uma pessoa que te cativava pela generosidade e enorme coração.

Ficava no meu pé, mas na verdade, esse era o jeito todo especial dele de mostrar que se importava com os amigos. Trabalhamos nove anos juntos e, ao seu modo, ele sempre mostrou o quanto era especial.

Ele não tinha filhos, mas tenho certeza que tinha a mim e à Flavia como filhas do coração, assim gosto de pensar. Da família, ele sempre falava da irmã, que era como uma mãe para ele, pois sempre cuidou dele desde a infância. Tinha muito zelo com a dona Júlia, que já estava apresentando sinais de Alzheimer. Ele vivia para cuidar dela.

Apesar de já estar aposentado, não falava em parar de trabalhar, dizia que os amigos de trabalho eram parte da sua família. Chegava no trabalho todos os dias com os pãezinhos do café-da-manhã e reclamava muito quando ninguém comia, sempre pensando nos amigos.

Sinceramente, não imagino como será o dia a dia do escritório sem o nosso querido Brizola. Henrique Cordeiro, meu eterno amigo, sentiremos muita saudade de ti.

Henrique nasceu no Rio de Janeiro (RJ) e faleceu no Rio de Janeiro (RJ), aos 63 anos, vítima do novo coronavírus.

Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela amiga de Henrique, Tatiana Lopes Pereira de Barros. Este texto foi apurado e escrito por jornalista Manuella Caputo, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 4 de novembro de 2020.