1927 - 2020
Sua missão foi distribuir amor e acolher com palavras. Adorava tomar café com leite, todas as tardes.
“Pessoa positiva, de um coração enorme, sempre tinha uma palavra amiga de encorajamento a quem lhe procurasse”, era assim que Ieda “comandava a família: usando as palavras certas, nas horas mais incertas”. Essa foi a imagem guardada por sua filha Kelly.
Criada pelo pai e pela avó, aprendeu desde cedo a cuidar e trabalhar. Era a filha mais velha, que ajudou a criar os irmãos e a ajudar a família, costurando e fazendo flores junto com a irmã.
Casou-se muito jovem, aos 19 anos. Construiu sua família, “criou filhos e netos com muito amor”. Com seu jeito único e acolhedor, a filha lembra que “em sua casa sempre cabia mais um”.
Kelly resgata na memória a história de uma viagem que fez com a mãe para o Rio de Janeiro: “Quando ela me levou para o Rio, eu tinha 12 anos e fomos parar na casa de uma amiga dela em Belford Roxo, em meio a uma tempestade. Estávamos com as malas e o motorista de ônibus ficou com medo de sermos assaltadas e nos deixou bem na frente da casa da amiga.”
Além das aventuras, a filha ainda conta que Ieda “tinha sonhos grandes em relação às pessoas, à família; queria que todos ficassem bem, vivessem em harmonia, fossem felizes”. Como preletora da Seicho-no-ie, sempre acreditava que todos eram bons, filhos de Deus.
Solidária e generosa, Ieda foi missionária na arte de amar. Amou tanto que, antes de partir deixou "amor, muito amor e saudade", diz a filha Kelly, que completa:
"Ieda virou um anjo e voou deixando um vazio imenso, mas levando a certeza que sua missão foi muito bem cumprida!"
Ieda nasceu em Belém (PA) e faleceu em Belém (PA), aos 92 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela filha de Ieda, Kelly Cristina Garcia Salgado Teixeira. Este tributo foi apurado por Lígia Franzin, editado por Rosimeire Seixas, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 16 de setembro de 2020.