Janete Bráulio de Souza

1954 - 2020

Não podia ver alguém distraído que soltava: "Tá pensando na morte da bezerra?"

Ela falava palavrão e era bem rabugenta, mas não existia coração maior. Sempre que alguém precisava de algo (dinheiro, lugar para ficar, qualquer coisa), ela estava disposta a ajudar.

Perdeu um filho adotado para o crime em 2000 e outro, portador de deficiência, em 2019. Aguentou firme toda a tristeza e continuou seguindo a vida.

Trabalhou desde os 14 anos e estava aposentada, que triste ironia, havia apenas um ano. "O que você não desfrutou em vida, desfrutará merecidamente agora, minha rainha! Eu não pude dizer o quanto a amava. Te amo, guerreira", declara o filho Sandro.