1944 - 2020
Um homem reservado, mas que sabia se divertir quando o programa era jogar dominó.
“Meu pai sempre foi uma pessoa íntegra. Seu principal objetivo na vida foi o de prover a família em tudo, sempre que possível”, é assim que Jeovane Elias é apresentado pelo filho, Jeovane Júnior.
De origem pernambucana, Jeovane Elias veio com a família para a cidade de Ferraz de Vasconcelos, próxima à capital paulista, quando tinha apenas 4 anos, em busca de melhores condições de vida. Foi lá que começou a trabalhar muito cedo e não parou, nem após a aposentadoria.
“Batalhador, conseguiu se estabelecer como metalúrgico em Guarulhos e, depois, como comerciante em diversas áreas. Deixou um legado de honestidade e trabalho”, conta o filho.
“Ele não sabia ficar parado”, prossegue o filho, “mas sabia se divertir quando tinha oportunidade. Gostava de jogar dominó e quase não perdia uma partida”. Também participava como voluntário na igreja Batista e raramente faltava.
Jeovane Elias não era de muitas palavras, sempre reservado, não tinha muito senso de humor e "era teimoso e cabeça-dura", diz o filho. “Ah! E embora não torcesse para nenhum time, foi por conta dele ter comprado o uniforme completo do São Paulo, em 1975, que me tornei tricolor”, complementa, saudoso.
O exemplo de trabalhador íntegro, honesto e cristão voluntário, de Jeovane Elias, será guardado com saudades pelos filhos, noras, netas e neto.
Jeovane nasceu em Paranatama (PE) e faleceu em Guarulhos (SP), aos 75 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pelo filho de Jeovane, Jeovane Elias da Costa Junior. Este tributo foi apurado por Lígia Franzin, editado por Rosimeire Seixas, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 14 de setembro de 2020.