Jocemar Bitencourt Pretto

1987 - 2021

Paciente, carregava consigo o poder de transformar dias turbulentos em calmaria, apreciando o sol se pôr ao lado de sua amada.

Ele nasceu em Santo Augusto, no Rio Grande do Sul, cidade onde surgiram os seus primeiros sonhos para a vida adulta e da qual guardava infinitas recordações. Foi um filho honrado, um genro, um cunhado e um tio muito amado.

Em julho de 2007, Jocemar passou a dividir os seus sonhos e projetos de vida iniciando um namoro com Giciéli. Em maio de 2013 eles se casaram, uniram suas vidas num só propósito e viveram juntos por catorze anos. A esposa conta sobre ele: “Não há outra forma de descrevê-lo a não ser dizer o quanto era alguém extraordinário: a calmaria em pessoa, o conforto nos dias difíceis, o bom conselheiro para todos que dele se aproximavam. Homem íntegro e trabalhador, que batalhou para conquistar o seu espaço”.

Ela conta que ele era a paciência vestida de gente; um ser maravilhoso, que estava sempre sorrindo; um ouvinte e confidente. “Tinha predileção pelo aconchego do lar, onde as conversas, regadas a chimarrão, eram longas. Daqueles entardeceres, ficaram recordações de sonhos compartilhados e presságios de dias melhores”.

“Ainda me recordo da última noite de verão em que nos sentamos juntos para conversar enquanto olhávamos as estrelas. Ele costumava me explicar o que havia aprendido sobre o universo. No entanto, nestes momentos, eu sempre tornava a perguntar sobre o assunto, apenas para contemplar os seus olhos resplandecendo ao relatar tudo o que sabia. Toda vez que o céu está limpo e repleto de estrelas eu me recordo dessa noite e, por um segundo, sinto como se estivéssemos novamente juntos.”

Caseiro e criativo, era capaz de passar horas na cozinha inventando pratos diferentes. Era curioso e tinha um lado aventureiro, queria conhecer e descobrir novos lugares. Generoso, gostava de dar presentes para pessoas especiais. A sua maior alegria era dar motivo para alguém sorrir, então fazia brincadeiras, presenteava ou simplesmente mantinha-se sempre presente.

Giciéli resume assim sua vida ao lado de Jocemar: “Meu esposo era a única pessoa com a qual eu tinha sintonia para conversar sobre várias coisas ao mesmo tempo. Aquele que me ajudou a crescer, que fez meus dias melhores. Sentirei eterna saudade dos nossos momentos... Nosso chimarrão no final da tarde... Nosso planejamento para o futuro... Nossas conversas sérias, que viravam lágrimas e risos"...

"Perdê-lo foi o mesmo que me perder e não sei se um dia irei me reencontrar. Marcou a vida de todos que tiveram a valiosa oportunidade de conhecê-lo e de com ele conviver. A vida segue, precisa seguir, mas nossa história está marcada, bem guardada na memória."

"Saudade, para todo o sempre!”