1966 - 2020
"É uma ideia meio louca, mas pode contribuir para um futuro melhor", dizia ele, um ativista visionário.
Um esposo dedicado e um paizão para seus três filhos.
Como pai, era também um mestre: ensinava valores e várias curiosidades científicas aos filhos, afinal, era extremamente inteligente – não havia pergunta para a qual ele não tivesse uma resposta – os amigos o apelidaram carinhosamente de "Google Man".
Como marido, foi um companheiro presente e carinhoso. Jonas sempre dizia que sair sem a esposa não tinha graça.
Um homem de família dedicado, sempre incentivou cada um a conquistar seus sonhos.
Encorajava a esposa para que organizasse a sua própria empresa. "Você é inteligentíssima, apenas precisa acreditar em si mesma", dizia.
Insistiu muito para a filha mais velha concluir o ensino superior, a qual reconhece ser essa uma das melhores escolhas já feitas por ela.
Quando a filha mais nova estava com a autoestima baixa, lembrava-a do quão linda e preciosa ela era. Antes dos vestibulares, dava sempre um abraço apertado e dizia à filha: "Em um concurso não há concorrentes, é você contra você. Eu passei no concurso da Infraero de ressaca, então você também consegue", brincava.
Instigava o filho mais novo, Jonas Júnior, a desenvolver todo o seu potencial, dito por muitos "excêntrico", mas apoiado e respeitado pelo pai. Júnior não só de nome, pois é o filho com quem mais se parecia, em aparência e personalidade.
A família era a sua maior paixão e o seu maior orgulho. "Vou morrer feliz, porque construí uma família linda", afirmava.
Era também um homem visionário. Ativista e sindicalista, lutou incessantemente para tornar o mundo um lugar melhor, pois as injustiças faziam o seu sangue "ferver".
Ele ajudou o máximo de pessoas possível. Toda vez que fazia um favor, falava que, como agradecimento, o ajudado deveria fazer uma boa ação para outra pessoa.
Durante a pandemia, ajudou a conscientizar a população sobre a importância de ficar em casa.
Embora não tenha conseguido realizar o sonho de construir um motorhome para ir dirigindo até Ushuaia, viajou para vários locais e conheceu, ao lado da esposa, cada canto do Brasil.
A sua trajetória está eternizada no coração de todos que tiveram o privilégio de conhecê-lo.
Jonas nasceu no Rio de Janeiro (RJ) e faleceu em Nova Friburgo (RJ), aos 54 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela filha de Jonas, Ana Luiza da Cruz do Espírito Santo. Este tributo foi apurado por Lila Gmeiner, editado por Tayla Gomes de Souza , revisado por Allanis Carolina e moderado por Rayane Urani em 3 de fevereiro de 2021.