José Albérico de Lima

1970 - 2020

Fazia planos de montar um restaurante na beira da estrada, para atender com sua típica gentileza, seus irmãos caminhoneiros.

Foi o primeiro de quatro filhos. "Quando éramos crianças e brincávamos ele fazia o papel de médico e, ao nos consultar, ele prescrevia remédios, os pegava escondido de nossa mãe e nos dava para tomar. A gente obedecia, porque na brincadeira ele era "o doutor", a figura de autoridade.", conta a irmã Valéria. "

O casal teve dois filhos: João Elias e Jorge Luiz. Era carinhoso e amável com todos. Sincero, amigo e honesto, Coca era muito ligado à família; um bom pai, filho, esposo e irmão. Dentre as suas predileções e paixões na vida estavam viajar, curtir a família, e ficar em companhia de seus cachorros.

Era um churrasqueiro nota 1000, fazia uma deliciosa costela no bafo, sua especialidade. Tinha uma mania bem peculiar: colecionava relógios.

Conhecido carinhosamente como "Coca", José tinha como ganha pão, dirigir profissionalmente; pilotava ônibus e carretas. Ele amava ser caminhoneiro e, para o futuro, acalentava o sonho de montar um restaurante de estrada, justamente para atender os "irmãos de profissão", aqueles que como ele passam tempos e tempos fora de casa, à frente do volante, carregando cargas por esse imenso Brasil. A sócia nessa empreitada seria sua esposa, Maarani, com quem esteve casado durante trinta anos.

No dia do casamento de seus filho mais velho, em dezembro de 2020, ele estava radiante. "essa é uma das lembranças felizes que jamais esquecerei."

Coca vai deixar saudades, a família lembra dele com muito amor, carinho e gratidão.