1949 - 2021
Gostava de ajeitar os equipamentos de pescaria — a sua maior diversão depois de aposentado.
Nascido no estado de Alagoas, era o segundo de três irmãos: antes dele a primogênita, Maria e depois João Batista (Jonas), o caçula. Seus pais vieram para São Paulo construir a vida.
José Cícero casou-se e criou quatros filhos: Romeu, Aldo, Juliene e o sobrinho Agnaldo, "filho mais velho de minha tia”, relata o filho Aldo.
“Meu pai trabalhou a vida inteira sempre pensando em poder dar uma vida melhor para aqueles que o rodeavam. Tinha um coração enorme, era dono de uma personalidade extremamente forte, porém sempre gentil com todos. Por vezes trabalhou doente, sempre visando o bem-estar de seus filhos e da família. Sempre cuidando que os filhos fossem pessoas com princípios e caráter — prezava demais por tudo isso. Aposentou-se e mesmo assim, ainda tinha muita coisa para viver. Viu suas cinco netas nascerem e esperava ver todas adultas.”
“Era o avô que gostava de carinhos simples e do famoso "cheiro" — um costume de encostar o nariz no nariz das netas — que, com a pandemia, passou a ser feito de uma forma adaptada. Perdeu uma filha, minha irmã Juliene, de forma abrupta, e isso o mudou muito.”
Homem tranquilo que tinha como diversão a pescaria. Já aposentado, vivia mexendo com seus equipamentos de pesca — foi sua maior diversão, pois não gostava de bares e nem de futebol. Apreciava uma boa música e gostava de ouvir Zé Ramalho, Raul Seixas e Roberto Carlos.
José Cícero será sempre lembrado pela família por seu legado de moral, honra e caráter.
José nasceu em Maribondo (AL) e faleceu em Sumaré (SP), aos 72 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pelo filho de José, Aldo Barbosa Messias. Este tributo foi apurado por Lucas Cardoso, editado por Thalita Ferreira Campos, revisado por Maria Eugênia Laurito Summa e moderado por Rayane Urani em 23 de agosto de 2022.