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José Geraldo Guimarães

1949 - 2020

Sua felicidade era ouvir moda de viola ao lado da esposa, saboreando um pãozinho de queijo.

Geraldo foi um pai amoroso e atencioso com seus filhos, esposa, família e amigos. Foi também um profissional de televisão querido por todos os colegas de profissão. Ele trabalhava com Cinegrafia. Essa seria uma breve descrição do Zezinho, mas não basta... Não basta mesmo.

Quando criança, Zezinho ajudava seus pais na lida da fazenda que ficava em Hidrolândia, Goiás, a cidade que é a maior produtora de jabuticabas do Brasil.

Aos 17 anos, mudou-se para Goiânia e serviu ao Exército. Já mais velho, trabalhou com rádio, em uma rede católica, onde era programador. Dedicou-se a esse ofício por quarenta e três anos. Também trabalhou na TV Anhanguera, afiliada da Rede Globo. Na TV, foi supervisor de cinegrafia.

Quis o destino, ou algum cupido caprichoso, que Geraldo fosse certo dia buscar atendimento em um hospital; chegando lá, foi atendido por Fanizete, que era técnica de enfermagem. Pronto! Saiu de lá bom de saúde e apaixonado. Namoraram, casaram-se; e o casamento durou a vida toda, por quatro décadas e meia. Os dois eram muito companheiros. Ele era o parceiro dela nas quitandas, as preferidas dele eram os pães de queijo. Também fazia bolos e uma infinidade de quitutes. Também amavam visitar os parentes em Hidrolândia, a cidade de origem dele.

Tiveram três filhos: Gleidson, Edwin e Ednei. Do filho Gleidson, ele era o companheiro dos jogos de futebol, embora torcessem para times diferentes. Zezinho era torcedor do Atlético de Goiás e Gleidson torcia para o Goiás. A rivalidade gerava muitas brincadeiras entre eles, gostosas zoações. Também assistiam juntos aos filmes que ambos gostavam.

Com Edwin e Enei também jogava truco, um dos passatempos preferidos. Geraldo também amava pescaria. Para falar a verdade, gostava mais de jogar truco e de pescar do que de futebol.

Era um avô apaixonado pelas netas Glenda, Emilly e Maria Clara. Brincava de tudo com as meninas. Também passeava e viajava com as netinhas.

Como bom goiano, era fã de cantores sertanejos, especialmente da dupla Milionário e José Rico.

José nasceu em Hidrolândia (GO) e faleceu em Goiânia (GO), aos 71 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pelo filho de José, Gleidson dos Santos Guimaraes. Este tributo foi apurado por Thaíssa Parente e Talita Camargos, editado por Leiana Isis Oliveira e Ana Macarini , revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 21 de junho de 2021.