1960 - 2020
Bolinha cantava muito mal e dançava todo atrapalhado, mas sem ele as festas perderam a cor.
José Izídio, Zezé, Pudim, Bolinha e tantos outros nomes, era nosso primo-tio do coração. Tinha vários apelidos entre os familiares e amigos e "divertia-se com isso", conta Márcia, sua prima, que continua: "a gente nunca sabia quando chamá-lo de tio ou de primo; porque ele era o primo mais velho, que às vezes eu chamava de tio, e brigava com a gente como um tio, mas, ao mesmo tempo, era o mais moleque de todos, como o primo que todo mundo deseja ter... era a paixão em pessoa."
Amava cozinhar e cozinhava muito bem. Felicidade, para ele, era convidar toda a família e os amigos para comer a feijoada que com tanto carinho e capricho ele preparava. Colocava um pagodinho, cantava alto e dançava muito mal, mas "fazia todo mundo rir e isso o fazia feliz", contou Márcia.
Saiu de sua cidade natal, no Pernambuco, pra fazer vida melhor em São Paulo e, de lá, nunca mais voltou pra casa.
Márcia ainda comentou: "Nunca conheci alguém que não gostasse dele, porque o Pudim era alguém que sempre estava animado, feliz, sorridente e era muito brincalhão."
"O vírus veio calar esse sorriso. Meu tio está fazendo muita falta para todos nós", assim Márcia conclui sua homenagem.
José nasceu em Lajedo (PE) e faleceu em São Paulo (SP), aos 60 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela prima de José, Márcia Cristina da Silva. Este tributo foi apurado por Malu Marinho, editado por Sandra Maia, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 19 de setembro de 2020.