1959 - 2020
Pesquisador renomado, enxergava a ciência como o meio de aperfeiçoar a qualidade de vida dos seres humanos.
De natureza calma, reservada e discreta, José Marcos encontrou o seu lugar ao sol através da ciência, tornando-se pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em 1989. Entre inúmeros gêneros alimentícios, foi na atuação com a soja e seus derivados, que consagrou o seu nome no fomento da agricultura nacional.
Durante os longos trinta e um anos dedicados ao desenvolvimento de tecnologia para os cultivares de soja, contribuiu não somente na área de qualidade deste grão, mas também em ações educativas e informativas sobre a utilização da leguminosa na culinária, destacando as suas qualidades nutricionais e os seus benefícios à saúde.
José Marcos é descrito por um de seus colegas de pesquisa, Rogério, como alguém muito inteligente: "Ele tinha uma facilidade imensa de enxergar o que os outros não viam. Mesmo tendo muita inteligência, não era um vaidoso intelectual, sempre disposto a sanar dúvidas e aperfeiçoar os seus estudos. Tinha como máxima que todo o empenho e investimento em pesquisa agropecuária precisava ter seu enfoque na qualidade de vida dos seres humanos. Com toda a certeza, o seu falecimento é uma grande perda para a ciência no Brasil"!
A partida de José Marcos deixa uma lacuna imensa entre familiares, amigos e colegas de pesquisa. Entretanto, as inúmeras contribuições científicas deixadas marcaram o seu nome na história da pesquisa agropecuária brasileira.
Eternamente, haverá um pouco de José Marcos em cada broto de soja que neste solo germinar.
José nasceu em Belo Horizonte (MG) e faleceu em Londrina (PR), aos 60 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pelo colega de pesquisa de José, Rogério Aparecido Depieri. Este tributo foi apurado por Andressa Vieira, editado por Andressa Vieira, revisado por Maria Eugênia Laurito Summa e moderado por Rayane Urani em 8 de outubro de 2023.