1946 - 2021
Com o joelho marcado de tanto orar, trilhou o caminho da fé, confiando no poder da oração.
Acolhedor, sempre recebeu a todos com muito carinho, principalmente os familiares que moravam no interior. Nunca se esquecia de pedir que não descuidassem da saúde, fossem ao médico e ficassem atentos.
Fazia questão de cumprimentar as pessoas por onde passava, com olhar e mãos firmes – seu aperto de mão se tornou sua marca registrada.
José Ribamar foi um homem forte e conhecedor das lutas diárias: cedo teve que trabalhar para ajudar no sustento da família, assumindo o papel do filho mais velho.
Sem dúvida, muito de sua força vinha da fé. Era um homem de oração. Amava ouvir música cristã, ler a Bíblia diariamente e ajoelhar-se em oração, o que lhe rendeu até uma marquinha no joelho.
Apreciava ter os filhos, os netos e a bisneta por perto e fazia questão que lhe pedissem a bênção, só para que, orgulhoso e amável, pudesse abençoar um a um com um “Deus te abençoe” seguido de um cheiro no rosto.
Seu amor pela esposa era notório e imenso, assim como a preocupação com ela. Foram 53 anos de casamento, amor e união, que somente a morte seria capaz de separar, mas não de fazê-la esquecer tudo o que foram e construíram juntos.
É tanto o que a família tem a dizer sobre ele... Para a neta Séfora, o avô foi sinônimo de amor, acolhimento e força. “Essas três palavras resumem quem foi e como continuará sendo lembrado dentro de nós”, conta.
Apesar do luto que toma a família, com muita esperança todos creem no reencontro para toda a Eternidade, com a mesma intensidade da fé com que José Ribamar viveu sua vida.
Por agora, saudade. Saudades do avô, pai, bisavô, irmão, tio... Era tudo isso que ele era; muito mais que isso, era o amor de todos.
É com estas palavras que Séfora encerra sua homenagem ao avô: “José Ribamar Mesquita Pessoa, você vive em nós. Te amamos pra sempre e sentimos sua falta todos os dias. De todo o meu coração, com muita dor e saudade de te ter aqui”.
José nasceu em Matias Olímpio (PI) e faleceu em Teresina (PI), aos 74 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela neta de José, Séfora Franco da Silva. Este tributo foi apurado por Rayane Urani, editado por Fernanda Queiroz Rivelli, revisado por Paola Mariz e moderado por Rayane Urani em 26 de maio de 2021.