Josielle Ribeiro

1983 - 2020

Mulher destemida, dona de um enorme coração. Vivia sorrindo pelos corredores da Santa Casa de BH.

Natural de Carinhanha, na Bahia, Josielle se mudou aos 17 anos para a capital mineira. Criada por uma prima, retornou a viver com a mãe quando se mudou para Minas Gerais. Para aliviar as dificuldades da vida, cursou o técnico em Enfermagem para mudar sua trajetória.

A mais velha de sete irmãos logo se arrumou e começou a trabalhar. Sempre foi ligada à irmã Dayanne, com quem gostava de sair e se divertir. A irmã relata que, juntas, viveram vários episódios divertidos, marcados por muitos sorrisos. Encontravam-se para dançar e era Josi, como era carinhosamente chamada pela irmã e pelos amigos, quem protagonizava as melhores coreografias, finalizadas por um tombo da irmã mais velha.

"Também era protagonista na família e no trabalho. Em casa, ela se desdobrava para trabalhar e manter as contas em ordem. Seguia duras jornadas de até 24 horas. Tudo isso para realizar o sonho de ter a casa própria para viver junto da filha Emilly. Com os irmãos, estava sempre disposta a ajudar, era prestativa e tinha um coração gigante", lembra Dayanne.

Era uma funcionária exemplar e colega de trabalho amável. Josielle trabalhava na Santa Casa de Belo Horizonte. Lá, vivia sorrindo pelos corredores durante os plantões. Gostava de ajudar toda a equipe. Competente e dedicada, treinou os novatos contratados para atuar durante a pandemia da Covid-19.

Renata foi colega de trabalho de Josielle. A amiga conta que a relação entre Josi e os colaboradores era de muita alegria e respeito. Era conhecida pela equipe dos dois turnos, já que sempre trocava os plantões para ajudar os colegas. “Sempre estava disposta a quebrar o galho de qualquer um. Para ela, não tinha tempo ruim”, descreve Renata.

Foi uma apaixonada pela profissão. A irmã Dayanne conta que ela não tinha medo do que fazia. E sempre que alguém perguntava se ela estava se cuidando por estar na linha de frente de um hospital, Josi respondia “Ninguém vai embora antes da hora de Deus”.

Quando chegou sua hora, Josi partiu. Deixou corações vazios, mas cheios de saudade.