1944 - 2020
Pós-graduada em ser mãe, dedicou amor materno por onde passava. Íntima de Deus e de seus anjos da guarda.
Uma mulher guerreira, sempre pronta para qualquer batalha da vida.
Muito preocupada e, ao mesmo tempo, otimista.
Uma fé inabalável, íntima de Deus e de seus anjos da guarda. Amante do culto afro, filha de Iansã!
Era dona de casa, uma superadministradora do lar e muito ativa, não parava quieta. Com a família era muito cuidadosa e dedicada, uma verdadeira leoa, doava até a última gota de seu sangue!
Pós-graduada em maternidade. Era uma mãe extremamente dedicada e trouxe ao mundo dois, Érico e Nataly, mas por onde passou dedicou amor materno a inúmeros, sempre aberta para dialogar e trazer uma palavra de força. Amava cuidar, seja de pessoas ou animais, cultuar os orixás, cozinhar massas, ouvir música boa, dançar forró, conversar até de madrugada e dar muita gargalhada... E que gargalhada, era sua marca registrada!
"No sítio de vovó Beta era onde ela se realizava. Nos velhos tempos, ligava o rádio enquanto cozinhava para a família, cantava e, quando os filhos estavam por perto, ela dizia: 'Amor da minha vida!'. E quem estava próximo contagiava-se com sua alegria", contou o filho Érico.
"O sonho de mainha era voltar a cultuar os orixás, como era antigamente, no terreiro da minha avó. Ah, e conhecer Roberto Carlos e Leandro Karnal, era apaixonada pelos dois", diz ainda sua filha Nataly.
Hoje, estamos órfãos. Mas seus ensinamentos serão eternos. A senhora vive em nós.
Júlia nasceu em Recife (PE) e faleceu em Jaboatão dos Guararapes (PE), aos 76 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pelos filhos de Júlia, Nataly Annes e Silva e Érico Diniz Annes e Silva. Este tributo foi apurado por Lígia Franzin, editado por Lígia Franzin, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 29 de agosto de 2020.