Jurandir Furtado de Almeida

1952 - 2020

Distribuía amor e doçura em forma de balas para criançada da vizinhança e sua netinha.

A infância nunca saiu do Seu Jurandir por completo. Ele revivia a época de menino ao contar as histórias de quando era um garoto no sítio da Varginha. Não se cansava! Repetia os causos incontáveis vezes à mesa do almoço e afirmava que viu lobisomem e assombrações na roça.

Ele fez o tempo de menina da neta Arielle mais feliz também. Compartilhou um amor infinito com a única netinha. Quem via os dois tinha certeza: "ele era o vovô mais alegre e amado do mundo". Mas também fazia as vezes de pai da Arielle.

Seu Jurandir era a alegria da vida da criançada da vizinhança. Ele comprava balas e distribuía entre os pequenos que moravam próximos a ele.

Foi casado com Izabel Cardoso de Almeida por 49 anos. Os frutos do matrimônio duradouro foram os três filhos: Jaime, Cristina e Juliana. Sua paternidade era marcada pela amorosidade.

O que mais gostava de fazer na vida era estar com os filhos, esposa e a neta, além de ir ao sítio no fim de semana. Amava mimar a filha mais nova com tudo que ela gostava de comer.

Segundo a filha Juliana, alegria era a principal virtude do pai. Ele também era emotivo, chorava até vendo novelas.

Foi caminhoneiro e não ficou parado quando se aposentou. Seu Jurandir ainda doou-se como voluntário. Fez muito pela Escola Viverde em parceria com os companheiros Regina e Sérgio. O último desejo foi fazer uma horta na escola. Cumpriu... foi uma de suas heranças.

Os últimos dias de sua vida foram com a família, como ele mais gostava. Pouco antes de deixar seu lar, a filha Juliana teve a oportunidade de beijá-lo e escutar qual era seu sentimento e desejo: "Não tenho medo, cuida da mãe", disse.

Partiu deixando exemplos de alegria, amor ao próximo e doçura por onde passou.