1943 - 2020
Uma mulher de palavras e atitudes fortes, mas com um coração de manteiga derretida.
Uma mulher de palavras e atitudes fortes, não tinha "papas na língua". Parecia ser brava: puro engano! Lá dentro, no fundo, o coração era uma manteiga derretida.
Seus olhos azuis profundos e cabelos loiros conquistavam corações, mas não mais que sua personalidade amorosa que aconchegava suas filhas, genros, netas e netos. Sua comida unia todos. Principalmente o escondidinho de carne moída que preparava carinhosamente.
Sua família passou por momentos difíceis, mas o seu jeitinho sempre colocava todos em pé, prontos para as batalhas. Incentivou o estudo na vida de suas filhas. Plantou conhecimento nas mentes das suas meninas e colheu: hoje, uma é arquiteta e a outra técnica de enfermagem; e suas netas, uma fisioterapeuta e a outra futura médica.
Cuidou dos seus, mesmo nas piores circunstâncias. Venceu cirurgias de prótese no quadril, catarata e até mesmo a de um câncer de mama.
Adorava amava animais e seus livrinhos de romance que devorava prazerosamente. Gostava de histórias e símbolos de amor. Mas a verdade é aprendeu a amar, verdadeiramente, com a sua maior herança: a família que criou, tendo se dedicado completamente a ela.
Obrigada, dona Laude, Laudinha, vózinha, mãe, "teimosinha", "fofurinha."
Laudelina nasceu Gália (SP) e faleceu Mogi das Cruzes (SP), aos 77 anos, vítima do novo coronavírus.
História revisada por Vitória Freire, a partir do testemunho enviado por neta Sarah Cristina Dias Ribeiro, em 18 de maio de 2020.