Lídia Gama Ribeiro

1942 - 2021

Cumpriu brilhantemente a função de educadora, deixando um pouco de si em cada profissional que ajudou a formar.

Professora, Lídia foi considerada a melhor alfabetizadora da sua cidade.

Ainda na infância perdeu a mãe. A filha Wercilene conta que ainda criança a avó de Lídia, Domingas, levou a menina para a cidade de Pium, no Tocantins, para ter uma vida mais feliz. "Minha mãe sempre trabalhou muito. Ela costumava dizer que nunca pôde ser criança", recorda Wercilene. Lídia casou-se cedo com Antônio Edmilson. Da união nasceram seis filhos — três homens e três mulheres: Wêedson, Wiiles, Weuler, Werlene, Wercilene e Welma. Deles nasceriam 12 netos e, depois, cinco bisnetos.

Professora do município, Lídia participou ativamente da criação dos filhos e filhas, tanto do ponto de vista afetivo quanto financeiro.

Em 1980, ela se transferiu para Brasília. Depois da perda da neta Nathalia, por causa desconhecida, tornou-se Adventista do Sétimo Dia.

"Após aposentar-se, retornou para Pium, onde desenvolveu projetos sociais e manteve sua Igreja aberta, levando o Evangelho a todos da cidade. No seu dia a dia, pregava as palavras do Senhor batendo de porta em porta, pregando e professando a sua fé", lembra Wercilene. A solidariedade também tinha espaço em sua vida. Muitas vezes, levava roupas e mantimentos a assentamentos vizinhos. "Junto da fidelidade à Deus, bondade e generosidade eram suas características mais marcantes", resume e filha.

Conhecida no município como "mulher de oração forte", Lídia mantinha no cotidiano jornadas de oração. Foi numa dessas jornadas, em que, ao lado de irmãos da sua Igreja, pedia pela cura da Covid-19, que Lídia contraiu o vírus.

Foi homenageada com uma linda Praça, batizada Praça Professora Lídia Gama Ribeiro.

"A dor da saudade ainda é latente e muito sentida por todos que a conheceram", finaliza Wercilene.