1942 - 2020
Escritora e poetisa, tinha o dom da palavra, inclusive para aconselhar. Sua fé era inabalável.
Os que chegavam em sua casa eram recebidos de braços abertos e com várias histórias sobre os concursos literários que participou e ganhou. Dona Lídia gostava muito de ler sua obra para quem quisesse ouvir e mostrava com orgulho, e com os olhos brilhando, todos os livros em que seus textos foram publicados.
Seu maior sonho era ser reconhecida como escritora e ter um livro impresso, "um livro só dela. Ela quase conseguiu!", afirma a neta Thuanne, que espera um dia realizar o desejo da avó com a publicação de seus poemas e romances. E complementa: "sou a mulher que sou hoje por causa dela".
Guerreira e engraçada, dona Lídia era uma mulher que falava e ria alto, com uma gargalhada única e que adorava viver. "Ela e tudo o que ela representa fazem muita falta", conclui a neta.
Lídia nasceu em Caeté (MG) e faleceu em Belo Horizonte (MG), aos 77 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela neta de Lídia, Thuanne Mara Braga Dell Arete dos Santos. Este texto foi apurado e escrito por Lígia Franzin, revisado por Acácia Montagnolli e moderado por Rayane Urani em 23 de março de 2021.