1955 - 2021
Uma mãe super coruja que viveu para os filhos e netos. Foi a coluna de sustentação do lar.
Lucia sempre foi uma super mãe, do tipo coruja mesmo. Dedicou a vida ao casal de filhos e ao marido, e depois aos netinhos que ela tanto amava.
"Até o último instante ela não queria ficar internada para poder cuidar do meu pai; não pensou nela nem nesse momento", diz a filha Andrea, referindo-se ao fato do pai estar em fase de recuperação de um AVC, sofrido em 2020.
Mas essa era a natureza de Lucia: protetora e generosa, com uma mão estendida para a família e outra para o próximo.
Ela era aquela vizinha gentil e prestativa que todo mundo quer ter por perto, o que fazia dela uma pessoa muito querida.
"Minha mãe me lembrava aquelas nonas italianas que abraçam a família e esquecem de si mesma", define a filha.
No que se referia a ela própria, a matriarca costumava ir à igreja para ouvir os hinos, e sonhava com o momento de dar entrada na aposentadoria. Em setembro de 2020, Lucia alcançou o marco dos 65 anos.
Também descrita como uma mulher falante, a dona de casa gostava de uma prosa e fazia amigos com facilidade.
Andrea conta que possuía uma relação de muita amizade com a mãe, e que, graças à ela, podia trabalhar com tranquilidade enquanto os filhos ficavam com a avó. "Ela cuidava melhor do que eu", admite.
As duas costumavam se falar três vezes ao dia. Nas ligações da filha para saber das crianças, Lucia estendia a conversa para relatar todas as novidades.
Entre risos, Andrea relembra a honestidade da mãe e seu desassossego em relação às datas de vencimento das contas: "Até me irritava, pois ela não se tranquilizava até que as contas fossem pagas". E completa: "Saudade eterna da minha mãe".
Lucia nasceu em Tupã (SP) e faleceu em São Paulo (SP), aos 65 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela filha de Lucia, Andrea Cofani. Este tributo foi apurado por Hélida Matta , editado por Mariana Quartucci, revisado por Gabriela Carneiro e moderado por Rayane Urani em 10 de março de 2021.