1976 - 2021
Generosa, amável e vaidosa, gostava de sair trajando roupas, sapatos e bolsa sempre combinando.
Luciana nasceu em Belém do Pará, filha de Wilma e Alberto, irmã de Rui, Alessandra e Laise. Perdeu, infelizmente, seu pai e melhor amigo ainda criança.
Esposa de Robson Amorim, viveram juntos um casamento de vinte e oito anos. Era mãe de Ana, de todos os seus sobrinhos e dos "pets" Bethoven, Billy e Bartô. Luciana era boa filha, boa irmã e uma esposa exemplar, que sempre cuidou muito bem da casa e do marido. Era também uma tia incrível, que amava presentear as pessoas pelas quais nutria afeto. Tinha uma personalidade muito marcante e era impossível ficar triste perto dela.
Sonhadora, possuía uma fé inabalável e um coração gigante de generosidade. Ajudou muitas pessoas neste mundo e também marcou muitos momentos felizes em família. Vivia sempre muito alegre e amorosa com todos que a rodeavam, até que, aos 30 anos, teve depressão. Depois, ela sempre dizia que havia sido curada pelo maior amor do mundo: seus cachorrinhos.
Não existia ninguém mais apaixonada por animais do que Luciana! Tinha o dom de protegê-los e amá-los. Desde pequena esse amor era notório, e amava dormir a tarde toda com seus "filhos de costelinha". A recompensa, ao acordar, eram os "lambeijos".
Desde pequena Luciana se destacava por sua autenticidade. Tinha a voz mais vibrante da família, era impossível não reconhecer a risada forte e que durava minutos. Chegava sempre atrasada aos encontros de família. Amava combinar a blusa com a bolsa e a rasteirinha da mesma cor, e era assim com sua casa, onde os móveis eram sempre escolhidos de acordo com uma paleta.
Sobre o seu gosto por decoração, conta Ana Luísa: “Amava decorar a casa para o Natal — um dos momentos que guardo em minha memória é de vê-la decorando a casa. Nunca vou ver tanto entusiasmo e genuinidade numa pessoa como via em minha mãe na época natalina. Era um momento nosso decorar a árvore. Tinha muito cuidado e paciência para abrir cada galho e cada rosa colocada na árvore. Nossa casa ficava parecendo uma vila encantada; ela se sentia realizada e sempre deixava um presente para mim e para os meus irmãos 'pets'”.
Ana Luísa, ao se despedir, conta com muito carinho e gratidão: “Minha tia me acolheu como filha desde quando eu era pequena... Luciana foi responsável pelas minhas melhores lembranças de infância e sempre foi a pessoa que mais se mostrava feliz pelas minhas pequenas e grandes conquistas, nunca ninguém ficou tão feliz por mim quanto ela".
"Dona do abraço mais gostoso, da mão divina na cozinha, que sempre foi responsável por todos os meus pratos favoritos. Tinha um amor sincero por mim, sua sobrinha, mas que chamava de filha para tudo e todos."
"Esteve comigo em todos os momentos, bons e ruins, e que é dona da maior saudade que existe em mim e me deixou a responsabilidade de cuidar dos amores de sua vida: Bethoven, Billy e Bartolomeu... foi seu último pedido e seu último 'te amo, filha!'"
"Deixou um vazio no coração de sua mãe, de seus filhos, de seus irmãos, esposo, familiares e amigos. A sua alegria e generosidade se faz presente em todos os que amava e é impossível viver sem ela em nossos corações."
"Mãe, eu te amo, você vive em meu coração e cuido do seu maior amor: seus 'filhos'.”
Luciana nasceu em Primavera (PA) e faleceu em Belém (PA), aos 44 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela filha de Luciana, Ana Luísa Bagot. Este tributo foi apurado por Lucas Cardoso e Andressa Vieira, editado por Vera Dias, revisado por Maria Eugênia Laurito Summa e moderado por Ana Macarini em 26 de março de 2023.