1971 - 2020
Uma mulher que pensava nos outros não como amigos, mas como irmãos.
Luciana foi uma mulher uma batalhadora incansável. Não descansou até ensinar a neta a chamá-la de Dada, porque era muito jovem para ser chamada de vovó. Os amigos, a quem chamava indiscriminadamente de irmão, também a conheciam por Lu, Lucinha ou Lu Loira – a única com privilégio de chamá-la de Dada era mesmo a neta.
Luciana foi despachante e enfermeira e trabalhou como cuidadora em algumas casas, onde dava vazão à vocação de fazer o melhor pelo próximo.
Estava em seu segundo casamento. Lu adorava contar a história da sua vida para todos, afinal, tinha orgulho das tantas batalhas vencidas e da família que formou.
Em casa, tinha como seus momentos de maior prazer cozinhar para todos e colocar filhos e neta junto com ela na cama para assistirem TV até caírem no sono.
Suas últimas palavras, ditas para a filha, foram típicas de quem está sempre pensando no bem-estar dos outros e da família: “Você cuida do seu irmão”.
Luciana nasceu em São Paulo (SP) e faleceu em Diadema (SP), aos 49 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela filha de Luciana, Karina Camargo Fonseca. Este texto foi apurado e escrito por Fabio Victoria, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 3 de fevereiro de 2021.