1941 - 2020
Ao som da zabumba, do tilintar do triângulo e no resfolego da sanfona, viveu e aproveitou a vida.
Como era comum antigamente, quando ao nome dos filhos era agregado o nome do pai por costume e tradição, Luís ficou conhecido como "Luís Adão".
Era um pai querido e cuidadoso, e um marido amigo e companheiro para dona Luzia Vera.
Gostava de dançar forró e de jogar baralho. Costumava ir ao "Forró dos Idosos" e quando perdia no carteado ficava reclamando. "Ele queira ganhar sempre!", conta a filha Luziane.
Luís também gostava muito de animais, mas nada se comparava ao gosto e prazer que sentia ao ouvir um forró. "Dançava dentro de casa, em qualquer lugar... Não podia ouvir Luiz Gonzaga ou uma sanfona que já se sacudia todo", relembra a filha.
Sua ótima relação familiar com filhos e netos ─ todos muito apaixonados por ele ─ fez com que todos sentissem muito a sua partida. O maior sonho dele era vê-los felizes.
"Ele teve que partir para ficar ainda mais perto de Deus, mas continua a olhar por nós", conclui Luziane saudosa.
Luís nasceu em Teresina (PI) e faleceu em Teresina (PI), aos 78 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela filha de Luís, Luziane Lima da Silva. Este texto foi apurado e escrito por Lígia Franzin, revisado por Acácia Montagnolli e moderado por Rayane Urani em 12 de abril de 2021.