1970 - 2020
Era luz pelos caminhos por onde passava. Citá-lo é como repetir o verbo "cuidar".
Conhecido por muitos nomes, de muitas maneiras próximo, manteve-se cuidado e amor para todos à sua volta, e era luz onde quer que fosse.
Como recorda Liliane, "Ati" foi mais que um tio: era amigo, pai e exemplo de vida. Presente em todos os sentidos, ajudava os que amava sem nada pedir em troca. Sempre dizia palavras que consolavam, pronto para acolher quem estivesse ao seu redor.
Quando, aos 17 anos, ganhou uma sobrinha, fez-se pai antes mesmo de ter um filho. Dedicado a criá-la, incentivou os estudos que a levaram a ter um diploma de enfermeira pela UFF.
Com a vinda de um segundo sobrinho, amou-o cada dia mais. Tempos depois viria o sobrinho-neto Miguel, para quem foi sem tamanho, embora abreviado na companheira sílaba "Lu". Era também assim apelidado pela irmã, de quem cuidou e esteve sempre ao lado, apesar de mais novo.
Grande e amoroso pai, teceu um menino de ouro, Davi.
Luiz foi também filho extraordinário e, por isso, um dos mais amados em todo o mundo. De dias que dona Vanda agradece a Deus, fez de tudo para que a mãe permanecesse em isolamento durante o período pandêmico.
Passou a fazer compras, ir à farmácia e tomar todas as medidas necessárias para não transmitir o vírus dentro de casa. E, de fato, conseguiu estender seus cuidados para que nenhum familiar se contaminasse.
Namorado do amor, Luiz deixou uma esposa apaixonada e tantos outros queridos amigos, inclusive os da turma 86 da Epcar/AFA e do Fórum de Bangu (RJ).
O sobrinho João é um que não teve chance de pronunciar "Lu", mas terá nas histórias impressa a vivacidade do tio, a marca da "pessoa maravilhosa" que era, como recorda Liliane.
Para sempre lembrado por uma existência repartida entre proteção, sensatez, autenticidade, atenção e carinho, Luiz voa em um plano do céu que mais o merecia.
Luiz nasceu no Rio de janeiro (RJ) e faleceu no Rio de janeiro (RJ), aos 50 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela sobrinha de Luiz, Liliane Corrêa Marques. Este tributo foi apurado por Júllia Cássia, editado por Maya Matta Lopes, revisado por Paola Mariz e moderado por Phydia de Athayde em 17 de janeiro de 2021.