1944 - 2020
Ficava sentado no portão recebendo todos que chegavam.
Mais conhecido como Sr. Paúra, aos 75 anos de idade ainda trabalhava como motorista de caminhão. Casado com a Edna, tinham três filhos, quatro netos, muitos primos e sobrinhos.
Morador de Oswaldo Cruz, amante do futebol, torcia pelo Madureira. Sempre animado e com muitos amigos, era cheio de vida.
Ele adorava ficar sentado na calçada, conversando — essas simplicidades eram as coisas de que ele mais gostava na vida.
"Quando me mudei de volta para o bairro, fui acolhida por ele, meu tio. Ele recebia pra mim os móveis que chegavam, as cartas e as encomendas, enquanto eu e meu marido estávamos trabalhando. E todo dia quando eu chegava do plantão — sou enfermeira — ele estava lá, sentado no portão. Ia logo perguntando como tinha sido meu dia. E no final, sempre terminava com um 'eu te amo!'", disse a sobrinha Gabriela. "Quanta saudade!"
Como ele sempre dizia: "o que que há, meu Senhor?".
Luiz nasceu no Rio de Janeiro (RJ) e faleceu no Rio de Janeiro (RJ), aos 75 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela sobrinha de Luiz, Gabriela Alberto. Este tributo foi apurado por Janaina Dias, editado por Alessandra Capella Dias, revisado por Gabriela Carneiro e moderado por Rayane Urani em 8 de junho de 2020.