1961 - 2021
Plantava, colhia e distribuía verduras fresquinhas em Carapina Grande.
Luzmar foi um homem brincalhão, honesto e amoroso. Também foi pai e esposo fiel e dedicado.
A marcenaria, além de ofício, era também sua paixão. Orgulhava-se de sua oficina e do talento daquilo que suas mãos eram capazes de construir.
Querido por onde passava. Andava pelas ruas do bairro Carapina Grande e tirava sorrisos dos vizinhos. Quando não acompanhava a esposa Kátia nas caminhadas, por onde ela passava ouvia sempre a mesma pergunta: "Cadê o Alemão?"
Seu programa preferido era estar entre os amigos e familiares. Mais ainda se pudesse reuni-los em um churrasco com uma cerveja bem gelada.
Seus filhos Dahlen e Flávio eram seus grandes amores e Luzmar sonhava em ver os netos que um dia eles lhe dariam. Sonhava em um dia comer as frutas da roça que plantava com seus netos, comer da horta sem agrotóxico e amá-los sem ter fim.
Não era homem de ficar parado. O tempo para ele era pura poesia, transformava logo em vida. Arava roça, cuidava do terreno, da horta e, na marcenaria, suas artes brotavam.
Foi um homem feliz, com muitos planos para o futuro. Um futuro que chegou muito breve.
Luzmar nasceu Barra de São Francisco (ES) e faleceu Serra (ES), aos 60 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela esposa de Luzmar, Kátia Siqueira Pereira. Este tributo foi apurado por Lucas Cardoso, editado por Patrícia Scótolo, revisado por Maria Eugênia Laurito Summa e moderado por Rayane Urani em 5 de agosto de 2021.