1975 - 2020
Dividia-se entre o amor pela filha e a paixão pela profissão. Técnico em enfermagem, viveu para salvar vidas.
Marcelo era um homem que, nas palavras da companheira Tatiana, "sabia viver". Como técnico em enfermagem, levou a vida cumprindo sua vocação de ajudar a salvar outras vidas.
Esteve na linha de frente no enfrentamento da pandemia e chegou a trabalhar até em hospital de campanha. O eternizar de sua história permite que ele seja lembrado como gostaria e como merece: uma pessoa que cuidou com amor de seus inumeráveis pacientes.
Além da profissão, Marcelo era apaixonado pela filha Maysa, fruto do relacionamento com Tatiana. A companheira conta que, quando soube de sua gravidez, Marcelo ficou "muito feliz", porque ser pai era seu grande sonho.
Ele e a filha tratavam-se mutuamente como "fechamento", um termo que revela a parceria entre os dois. Como paizão que era, Marcelo tinha ainda um "filho do coração" ─ como ele mesmo o chamava ─, era o Gustavo. Marcelo adorava ouvir músicas e passar o tempo com sua família. Tinha uma boa relação com todos ao seu redor.
Possuía a curiosa mania de falar sozinho, preenchendo espaços com presença e sons. Hoje, esse mesmo Marcelo, habita os corações daqueles que o amam.
Marcelo nasceu em Seropédica (RJ) e faleceu no Rio de Janeiro (RJ), aos 44 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela companheira de Marcelo, Tatiana dos Santos Pinheiro. Este tributo foi apurado por Lígia Franzin, editado por Larissa Reis, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 28 de novembro de 2020.