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Márcia Regina de Oliveira

1962 - 2020

Geminiana de sorriso marcante, sempre grata pela vida. Amava reunir todo mundo para o sagrado karaokê.

Foi uma mulher cheia de vida, “falante como toda geminiana” e que se dedicava a aprender. Uma enfermeira que sempre lutou pela vida.

Seu comprometimento em cuidar do outro era tanto, que mesmo de férias, curtindo a recente aprovação acadêmica da neta, atendeu ao chamado da equipe para voltar ao combate, no hospital da região.

Vestiu sua armadura e juntou-se aos guerreiros. Acabou se ferindo, mas ainda assim, lutou até o fim. Pelo outro e por si.

Foram mais de 20 anos trabalhando como enfermeira. E, foi além: nos últimos tempos estudou mais e formou-se terapeuta holística, cuidando do outro em todas as suas dimensões.

Era casada com o Júlio César, que a cuidou em todo momento. E deixou quatro filhos adoráveis: Júlio Henrique, Beatriz, Aline e o caçula, Rafael.

“Minha mãe estava muito feliz, estudando, crescendo. Estava realizada. A lembrança do sorriso dela é o que nos conforta. A família, os amigos, ficam aqui, na luta diária, e com a certeza que nossa guerreira está no astral rezando por nosso planeta e guerreando por lá”, conta a filha Beatriz.

As reuniões na casa de praia, onde alugava karaokê e colocava todos para participar, serão sempre lembradas. Essa era a união familiar que ela sempre sonhou. E, que cuidou até o fim.

Márcia nasceu no Rio de Janeiro (RJ) e faleceu em Vassouras (RJ), aos 57 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela filha de Márcia, Beatriz de Oliveira Freitas. Este tributo foi apurado por Carla Cruz, editado por Thiago Santos, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 28 de junho de 2020.