1950 - 2020
Mãe, avó, contadora de histórias profissional e dona de um coração sem tamanho.
Mãe Toinha, como era chamada carinhosamente pelo neto Luan, era uma contadora de histórias nata. Entre seus assuntos preferidos estavam sempre sua infância e amor que nutria pela natureza. Cozinheira de mão cheia, fazia bolinhos deliciosos. Da personalidade marcante da avó, o neto recorda o amor por frutas, principalmente o melão, e a curiosa mania de comer gelo para se refrescar no calor manauara.
Luan também lembra com carinho da alegria da avó e conta que era difícil não rir de suas piadas. Apesar do sorriso ser sua marca registrada, a vida de Maria Antônia nem sempre foi fácil. Enfrentou muitos obstáculos na juventude, principalmente para criar os filhos: de sangue, foram cinco filhas e um filho; de coração, outro menino.
As dificuldades ajudaram a construir uma mulher forte e caridosa, sempre disposta a ajudar os outros. Tinha grande compaixão por pessoas em situações difíceis. Em certa ocasião, ajudou a criar uma jovem grávida, cuidando dela e do bebê com todo seu amor.
“Maria Antônia era a mãe de alguém, era a vovó de alguém, era esposa e tia de alguém. Mesmo que sigam transformando entes queridos em números, sua alegria, seu jeito carinhoso com quem ela gostava de verdade e sua energia permanecerão vivos e latentes eternamente em nossos corações.” declara apaixonadamente Luan.
Maria nasceu em Cruzeiro do Sul (AC) e faleceu em Manaus (AM), aos 69 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pelo neto de Maria, Luan da Silva Ribeiro. Este tributo foi apurado por Thaíssa Parente, editado por Maria Alice Freire, revisado por Daniel Schulze e moderado por Rayane Urani em 16 de agosto de 2020.