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Maria Auxiliadora Marliere

1958 - 2021

De forma genuína viveu o mandamento mais importante de todos e amou o próximo como a si mesma.

Maria, fez jus ao seu nome de Auxiliadora ao encarnar em sua vida a bondade e a caridade.

De coração puro e sorriso fácil, lutou como uma leoa para criar sozinha cinco filhos e, mesmo com inúmeros motivos para desistir, sempre agiu como a mulher mais forte do mundo.

As lutas da vida não lhe roubaram o amor dos olhos e nem o carinho na voz. Com mansidão ela se doava até para desconhecidos, chorava a dor do outro e ensinava todos os dias o quanto é importante saber perdoar e amar o próximo.

Foi uma avó muito amada, uma sogra considerada mãe e, para muitos, a melhor amiga.

Amava viver, comer, passear e viajar. Seus momentos de maior felicidade era quando conseguia reunir toda família para um almoço, uma comemoração ou um simples café da tarde, que “por mais simples que fosse, se tornava algo muito especial aos olhos dela”.

Maria Auxiliadora terminou fazendo aquilo que fez durante todo o tempo: lutando.

Por seu exemplo de vida, não é fácil falar dela conjugando os verbos no passado e, assim, no presente ela segue nos segundos, nos dias, nas histórias de cada filho.

Em seus corações ela viverá eternamente como motivo de gratidão e onde não se transformará nunca em apenas um número a mais dentre as vítimas de Covid-19.

Maria nasceu Ponte Nova (MG) e faleceu Santo André (SP), aos 64 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela filha de Maria, Raquel Ap. De Sousa. Este tributo foi apurado por Rayane Urani, editado por Vera Dias, revisado por Francyne Nunes e moderado por Rayane Urani em 26 de abril de 2021.