1953 - 2020
Ela adorava assistir por horas a fio séries na TV. Era um momento de mãe e filho.
Não podia ser interrompida que ficava brava. Numa dessas interrupções ela revirou os olhos e disse: "tu não acompanha a série e quer saber agora?". O filho Márcio conta que desde então passou a assistir às séries ao lado de sua mãe.
Momentos como esses se repetiram muitas vezes com as mãos sempre sobrepostas. Quando vinha a emoção eles choravam juntos, até que alguém soltasse o conhecido bordão da família: "Égua, me sentei pra relaxar e agora tô aqui chorando igual um miserável. A pessoa não pode ter sossego!"
Nesse momento as lágrimas se transformavam em risos, sorrisos, risadas, alegria.
Assim era ela! Feita de música, doçura, carinhos eternos e muito amor.
As lembranças são tão boas que seguem iluminando os dias.
Do filho, Marcio Bruno.
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“Amor” era o apelido carinhoso que ganhou do marido, seu José Olinto, seu amor de adolescência, e com quem teve os filhos: José Alexandre, Ana Flávia e Márcio Bruno eram as paixões de sua vida, juntamente com os netos, com quem era muito dedicada e amorosa.
Exerceu a Medicina de forma brilhante, como médica pediatra no Hospital Ophir Loiola, até os 50 anos de idade, quando teve que interromper a carreira, pois foi acometida pelo Lúpus e precisou se aposentar. Foi uma longa batalha contra a doença que enfrentou de cabeça erguida.
Sua irmã, Maria Julieta (que foi criada por ela desde os 12 anos de idade), revela que Maria da Graça possuía muita bondade e que o sentimento que fica é que "amigas para sempre é o que irão ser, na primavera ou em qualquer das estações."
Da irmã, Maria Julieta.
Maria nasceu Belém (PA) e faleceu Belém (PA), aos 67 anos, vítima do novo coronavírus.
História revisada por Alana Rizzo, a partir do testemunho enviado por familiares , em 13 de julho de 2020.