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Maria das Graças da Silva Bitencourt

1953 - 2020

Um ser humano que transbordava amor. Uma mulher de fé. A "mainha" de muitos.

Sempre cheia de vida e disposição. Trazia consigo uma força gigante e uma dedicação única em tudo o que fazia. Em seu coração sempre havia espaço para mais um.

Uma mulher guerreira, mãe de sete filhos, que desde sempre lutou pelos seus ideais. Saiu do interior para a capital em busca de oportunidades, e lá começou a fazer história.

Foi babá, empregada doméstica, gari, merendeira escolar. Também trabalhou com serviços gerais, até que “uma grande oportunidade” surgiu: cozinheira fluvial de barco da saúde. Foi ali que se dedicou nos últimos tempos e construiu a sua segunda família.

“Ela ajudou muitas pessoas com seus conselhos e carisma. Foi um ser humano fantástico, humilde e simples, de várias qualidades pelas quais temos muito orgulho. Dona Gracinha do ECC ou mainha do barco para os mais queridos: uma mulher de bastante fé. Vai fazer muita falta”, conta o filho Erik.

Ela foi lar em muitos e para muitos. Cada um que teve a graça de partilhar ao seu lado seguirá lembrando da força que foi essa mulher. Seu legado jamais será esquecido e sua humanidade seguirá presente, transformando cada ser que a conhecer.

Maria nasceu em Tefé (AM) e faleceu em Manaus (AM), aos 67 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pelo filho de Maria, Erik Bitencourt Gomes. Este tributo foi apurado por Viviane França, editado por Thiago Santos, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 31 de julho de 2020.